Eleição 2018 entra na pauta de conversa entre líder do PSD na Câmara e governador de SP

Lançamento oficial do Projeto para Aplicação da Seleção Genômica das raças zebuínas, durante a ExpoGenética 2017, reuniu em Uberaba, no Triângulo Mineiro, na manhã de  25/08, sexta-feira, dois dos principais personagens da crise política que tem colocado o presidente Michel Temer (PMDB) e parte importante de sua base aliada em rota de colisão.

O governador de São Paulo e um dos pré-candidatos tucanos a presidente da República em 2018, Geraldo Alckmin, e o líder da bancada do PSD na Câmara, deputado federal Marcos Montes (MG), se encontraram no aeroporto, acompanharam juntos a solenidade de lançamento na feira realizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), e após o evento seguiram para o escritório regional de Marcos Montes na cidade.

O líder pessedista revela que a conversa em Uberaba incluiu o processo eleitoral do ano que vem. O governador de São Paulo o sondou sobre a possibilidade de uma eventual aliança entre PSDB e PSD, tanto em nível nacional, com repercussão na disputa pelo governo de São Paulo, quanto em Minas Gerais. Marcos Montes disse que vai levar o questionamento ao comando pessedista.

Reformas

“Foi uma conversa informal e descontraída, mas sem esquecer os assuntos nacionais, tipo economia e política”, conta o líder da bancada do PSD e principal porta-voz do descontentamento da base aliada com Michel Temer.

Para Marcos Montes, a conversa com Geraldo Alckmin não envolveu qualquer dificuldade. Afinal, segundo o líder do PSD, o governador de São Paulo tem defendido que o PSDB deixe o governo logo após a votação das reformas.

“Pensamos igual: virar as costas para o governo Temer agora, antes da votação das reformas, é deixar o Brasil ao Deus dará” – afirma Marcos Montes.

Com quatro ministérios, incluindo o poderoso Ministério das Cidades, o PSDB virou alvo das queixas de vários partidos da base aliada, desde que os tucanos se dividiram na votação do adiamento do processo contra Temer.

“Votamos pela permanência dele para não ter uma turbulência política que contaminasse a retomada do desenvolvimento econômico. Agora, ele tem que dar uma solução para a crise interna. Se não der, a desorganização política volta e o mercado vai embora” – ressaltou Marcos Montes. Segundo ele, não se trata de tirar cargos do PSDB, mas sim, de retribuir o apoio que tem recebido de outros partidos.