Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) marcou para 30 de junho o primeiro Leilão de Transmissão de 2022, que licitará 13 lotes em vários estados do país para a construção e a manutenção de 5.291 quilômetros de linhas de transmissão e de 6.260 (MVA) em capacidade de transformação de subestações, com expectativa de investimento de R$ 15,3 bilhões. É esperada a geração de 31.419 empregos diretos durante o período de construção dos empreendimentos.
“Entre os lotes a serem concedidos à iniciativa privada, 3.543 km de linhas de transmissão referem-se a Minas Gerais, com valor dos investimentos agora revisados e elevados a mais de R$ 11,1 bilhões, devido às expectativas, sendo a maior parte dos empreendimentos previstos para o Norte de MG”, informou o deputado Gil Pereira, que preside a Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, da Assembleia Legislativa.
Capacidade
Gil Pereira comemora mais esta ótima notícia relacionada ao setor, após MG ultrapassar a inédita marca de 2 GW em operação da fonte fotovoltaica (mais de 60 mil empregos gerados), somando as grandes usinas centralizadas e os pequenos e médios sistemas de geração própria (telhados e áreas de residências, condomínios, empresas).
“A urgente expansão da capacidade elétrica da nossa região será significativa, com total de 3.543 km de novas linhas de transmissão e 3.750 MVA em transformação nas subestações, o que impulsionará a implantação das maiores usinas centralizadas e fazendas solares, contratadas ou em construção, além da geração própria (GD), da energia eólica e de outros setores”, explicou Gil Pereira.
Os empreendimentos, com prazo de conclusão de 42 a 60 meses, contemplarão os estados de Minas Gerais, do Acre, Amapá, Amazonas, da Bahia, do Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, de Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Dos R$ 15,3 bilhões de investimentos previstos, R$ 12,08 bilhões se concentrarão em Minas Gerais (Lotes 1 a 3), para escoamento da energia gerada por fontes renováveis.
Cobrança
A medida atende diretamente à constante cobrança do deputado Gil Pereira ao Ministério de Minas e Energia (MME), à Aneel e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para ampliar a necessária infraestrutura de transmissão de energia do Estado, para atender o excepcional crescimento da geração solar fotovoltaica (grandes usinas e GD), especialmente no Norte de Minas. “Trabalho de uma década em prol do desenvolvimento sustentável e economia na conta de luz do consumidor”, afirmou Gil Pereira.
E apontou episódio da sua luta incansável, para o avanço das energias renováveis, especialmente focada nos municípios norte-mineiros: “Neste caso, graças à cobrança que fiz ao ministro Bento Albuquerque para ampliação da capacidade de escoamento elétrico através destes novos ‘linhões’, por ele anunciados no dia 12/08/21, em reunião na Fiemg, da qual também participou o amigo e presidente, Flávio Roscoe”, citou Gil Pereira.
Empregos e desenvolvimento sustentável
Apesar da crise, a energia solar acelera em Minas Gerais, primeiro a atingir 1 GW em geração distribuída, já superando 1,5 GW em potência instalada (17,2%). Desde 2012, a geração distribuída (GD) gerou mais de 35 mil empregos e cerca de R$ 1,2 bilhão em tributos aos municípios para aplicação em saúde, educação, asfalto etc.
“Saímos na frente e mantemos a liderança nacional. Fruto da luta que travei pela inovadora legislação mineira de incentivo, com leis de minha autoria, especialmente a de nº 22.549/17, primeira no país, que isenta de ICMS usinas até 5 MW, beneficiando sistemas de micro e minigeração solar”, ressaltou Gil Pereira.
“Na geração centralizada (GC), grandes usinas em implantação somam mais de 3 GW, como as de Janaúba, Jaíba, Pirapora e Francisco Sá. Com aportes, sobretudo na região Norte, mantemos a liderança nacional, graças à eficácia da política de incentivo da Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, que presido”, declarou o deputado Gil Pereira.
