Preocupado em garantir o reinício gradual das atividades econômicas em Belo Horizonte a partir do próximo dia 25 de maio, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) está reforçando as medidas de segurança sanitária na cidade. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (11), Kalil informou que BH terá, a partir da próxima semana, 13 barreiras sanitárias em entradas da cidade. Segundo ele, ônibus e carros serão parados pela fiscalização. “Se Belo Horizonte relaxar as medidas, não poderemos garantir a data de 25 de maio”, disse, referindo-se à tentativa de flexibilizar o isolamento. Na segunda-feira, a capital mineira tinha 979 casos confirmados de Covid-19, com 26 mortes.
Kalil explicou que servidores da Secretaria Municipal de Saúde, agentes da BHTrans e Polícia Militar vão parar carros e ônibus na entrada da cidade para verificação das condições de saúde de quem quer acessar BH. Ele voltou a pedir para que as pessoas fiquem em casa e não descartou possibilidade de lockdown. “A população de Belo Horizonte tem 3 anos e meio que me conhece, não espantem se Belo Horizonte for trancada, não espantem”, disse o prefeito. “É o povo que vai determinar a abertura ou o lockdown de Belo Horizonte”, completou.
O prefeito voltou a dizer que a reabertura do comércio em Belo Horizonte está prevista para dia 25 de maio, se os moradores da cidade respeitarem o isolamento social. E voltou a criticar quem anda sem máscaras nas ruas: “Toda vez que ver alguém sem máscara é um idiota, egoísta, só pensa nele”, disse.
O prefeito disse que Belo Horizonte tem, só para pacientes com Covid-19, 214 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 524 de enfermaria. “E temos à disposição mais 688 UTIs e 1516 enfermarias, para ativar em curtíssimo tempo”, disse. Além disso, a cidade contratou 900 profissionais e tem 17 ambulâncias para transporte exclusivo de pacientes com a doença.
Kalil também reforçou que a partir desta terça-feira (12) começa a distribuição de mais de 2 milhões de máscaras para a população. Segundo o prefeito, estão sendo investidos mais de R$ 70 milhões por mês só no combate a Covid-19. Foram disponibilizadas mais de 620 mil cestas básicas entre famílias de crianças matriculadas na rede municipal, moradores de vilas e favelas e ocupações. Fora as cestas básicas, foram distribuídas 700 mil refeições e seis mil kits de higiene.