A Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos realizará audiência pública, no dia 15/09/21, às 14h, na Assembleia Legislativa, para debater as repercussões no Estado da crise hídrica nacional, especialmente no Norte de Minas, assim como avaliar e sugerir medidas para sua prevenção e enfrentamento, O requerimento 9.811/21 foi apresentado pelo seu presidente, deputado Gil Pereira.
O evento contará com a participação (presencial ou remota) de diversas autoridades e especialistas do setor hídrico e energético, incluindo a secretária de Estado de Meio Ambiente, Marília de Melo; o diretor-geral do Idene-MG, Nilson Borges; o presidente da Codevasf, Marcelo Moreira; o diretor-geral do Dnocs, Fernando Leão; o diretor-geral da Aneel, André Pepitone; o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi; o reitor da Unimontes, Antonio Alvimar Souza; o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe; dentre outros.
Alimentação básica
Gil Pereira adverte para o cenário de sucessivos aumentos da conta de luz, que afeta toda a economia e até o custo da alimentação básica das famílias, além do risco de racionamento de energia elétrica e de água.
“Prioridade da minha atuação na Assembleia, tenho alertado sobre a urgência da diversificação da matriz energética nacional, com outras fontes renováveis para menor dependência das hidrelétricas, tanto que nosso Estado lidera a geração distribuída solar fotovoltaica (18% do total). Desde 2012, atraiu R$ 5 bilhões em investimentos e gerou mais de 30 mil empregos, especialmente no Norte de Minas, graças à inovação que fiz nas leis estaduais. Na geração centralizada, temos novas usinas gigantes, várias em implantação, que somam mais de 3 GW, como as de Janaúba e Pirapora”, ressaltou o deputado Gil Pereira.
E complementou: “Apesar de o país ter ultrapassado o marco de 10 GW de potência total da fonte fotovoltaica, faltou foco e maior investimento para se evitar a crise, que castiga a população e as empresas com absurdas contas de luz. Realizaremos audiência pública, no dia 15/09/21 (quarta-feira), às 14h, para debater todas as repercussões, assim como avaliar e sugerir medidas para sua prevenção e enfrentamento”, anunciou Gil Pereira.
Conta de luz quase 7% mais cara
Com a criação da nova bandeira tarifária “Escassez Hídrica”, anunciada nesta terça-feira (31/08/21) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz vai ficar, em média, 6,78% mais cara, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME).
O novo valor da taxa extra será de R$ 14,20 pelo consumo de 100 kWh e passou a vigorar a partir desta quarta-feira (1º/09/21), até 30 de abril de 2022.
Na comparação com o valor da bandeira vermelha 2, que vigorou até esta terça-feira e custava R$ 9,49 por 100 kWh, o aumento é de 49,6%.
Além dessa medida, haverá também um programa de incentivo à economia de energia. Para que os cidadãos consigam um abatimento na conta, será preciso uma redução média de 10% entre os meses de setembro e dezembro.