O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), entregou na quarta-feira (1°), simbolicamente, a chave da capital mineira à Corte Real Momesca, marcando o início oficial do Carnaval 2023 na cidade. Participaram da solenidade os representantes de todas as secretarias e órgãos da Prefeitura envolvidos na organização. A retomada da programação acontece após dois anos de suspensão devido à Covid-19.
“Vamos dar início à festa mais bonita do Brasil, que é o nosso Carnaval. Depois de dois anos presos em uma pandemia que acabou com a nossa alegria, nós estamos voltando. Bem maior e melhor, porque nós queremos uma Belo Horizonte mais feliz”, reforçou Fuad Noman.
A partir de sábado (4), a folia na capital mineira contará com uma programação extensa e descentralizada, distribuída pelas nove regionais da cidade. Organizado de maneira espontânea, um dos principais atrativos da festa é a sua essência democrática e plural. Além dos famosos Blocos de Rua, a festa da capital mineira contará ainda com atrações no palco da Praça da Estação, desfiles de Escolas de Samba e Blocos Caricatos.
Além da valorização da cultura e do entretenimento, o Carnaval de Belo Horizonte é um importante propulsor econômico, que gera emprego e renda e impacta diversos setores da sociedade. A projeção é que o evento contribua na geração de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos. Neste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte cadastrou 16.117 ambulantes que poderão comercializar bebidas e adereços carnavalescos no período oficial do carnaval. O número de registros cresceu, aproximadamente, 10% em relação à edição de 2020, que teve 14.694 credenciados.
Nas últimas décadas, o Carnaval em BH vinha perdendo importância, com muitos moradores buscando nessa época alternativas de folia ou descanso em outros municípios e destinos turísticos. Com isso, o comércio em geral fechava as portas devido à baixa demanda, reduzindo a arrecadação para o município. Desde 2009, porém, em um movimento espontâneo, que foi organizado e potencializado pela Prefeitura, o Carnaval de Belo Horizonte vem se tornando um marco cultural, social e econômico. O evento acabou se tornando um importante produto, que gera renda, oportunidades de emprego e negócios, movimentando principalmente os segmentos de alimentação, transporte, comércio, hotelaria e hospedagem.
As estimativas da Prefeitura para o Carnaval deste ano é de uma movimentação de aproximadamente R$ 600 milhões durante o período, com arrecadação de R$ 24 milhões em impostos indiretos líquidos, como ICMS, IPI e ISS, e geração de 20 mil postos de trabalho.
De acordo com a Fecomércio-MG e a área de turismo da Prefeitura de BH, a consolidação do Carnaval abre oportunidades para a cadeia de comércio, serviços e turismo da cidade, atraindo turistas e fazendo com que o morador permaneça na cidade durante o período. Em pesquisa da Fecomércio-MG, 48,5% dos representantes do comércio varejista disseram esperar por um volume de vendas maior, em relação ao carnaval de 2020. Para a folia de 2023, 46,7% das empresas avaliadas estarão em funcionamento. Entre esses empreendimentos, 66,2% abrirão todos os dias.
Entre os empresários ouvidos, 45,7% acredita que o carnaval de rua de Belo Horizonte será positivo para as cadeias de comércio, serviços e turismo da cidade. Em 2020, último ano da realização da festa, esse percentual era de 66,7%. A atração de mais turistas/pessoas (63,2%) e o maior movimento nos estabelecimentos (32,3%) foram os principais motivos destacados pelos empresários para o otimismo em relação ao período festivo.
