Inicio este artigo me referindo a um inimigo mortal ao qual não devemos dar trégua um minuto sequer. Sim, é ele: o novo coronavírus, que já matou quase 170 mil brasileiros, destruiu famílias e deixou muita dor por onde passou. E, o que é preocupante, neste momento configura-se o crescimento de novos casos no Brasil e, possivelmente, uma retomada de medidas para restringi-los. Por isso, recomendo que as campanhas, além das nossas mensagens políticas, visitas e pedidos de voto, sejam pautadas pela obediência às normas da vigilância
epidemiológica.
No primeiro turno, o PSD foi o 3º o partido que mais em cresceu este ano: conquistou 32% a mais de votos para prefeito do que em 2016, elegemos agora 649 prefeitos no Brasil, 110 a mais do que naquele ano. Nos municípios onde já venceu, nosso partido irá governar quase 21 milhões de pessoas. Alguns exemplos onde elegemos tais prefeitos: 62 em São Paulo, 108 na Bahia, 128 no Paraná e 20 prefeitos em Sergipe. Já cumprimentei a todos, por telefone e muitos pessoalmente. Mas faço questão de abraçá-los, com o devido distanciamento social.
Disputam este segundo turno 57 cidades, onde vivem 55,9 milhões de brasileiros; 18 são capitais e 39 são cidades também com mais de 200 mil eleitores. Nós, do PSD, estamos concorrendo em 10 cidades brasileiras: em uma capital, Goiânia (GO); Campo dos Goytacases (RJ), Canoas (RS), Caucaia (CE), Joinville (SC), Ponta Grossa (PR) e 4 cidades no Estado de São Paulo (Franca, Diadema, Guarulhos e Limeira).
Antes de “colocar” um segundo voto na urna, cumprimento também nossos adversários e os milhões de eleitores que já votaram (e os que ainda vão votar) e que participam da consolidação e fortalecimento da nossa democracia. Merecedora de cumprimentos é também a nossa Justiça Eleitoral. Cumprimento o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e tribunais regionais, que nos deixaram mais uma vez orgulhosos pelo eficiente e exemplar trabalho realizado, diante até de democracias mundiais mais antigas e, tecnologicamente, mais aparelhadas. Ameaças de hackers, durante o início da consolidação da apuração em Brasília, na verdade devem contribuir para tornar as próximas tecnicamente mais seguras e confiáveis.
Assim, nosso partido, com mais de 400 mil filiados, segue sua trajetória de cabeça erguida. Rejeitando radicalismos, ataques e agressões à Constituição e à democracia. Pouco antes da fundação do PSD, em março de 2011, como político e como prefeito (2006-2012 em São Paulo) passamos a trabalhar duro e articular apoios para a legenda que iríamos criar. E desde então confesso que nunca vi um repórter que viesse me entrevistar e logo de cara não me espetasse com a pergunta sobre a posição, a ideologia do partido. Tal posicionamento está claro no nosso estatuto, no nosso comportamento nas eleições e nas casas legislativas.
Pois é: não somos de direita e nem de esquerda, somos um partido de centro, independente, e assim nos comportamos país afora nestas eleições municipais, sem nos preocupar com cargos ou fugir de confrontos, problemas e desafios. Somos de centro, porque sempre procuraremos não nos vincular a extremismos ideológicos que dificultam o diálogo e quase sempre evitam consensos. Nem por isso, procuramos caminhos binários de entendimento, e nem somos um partido perfeito. Binário, o que considera inimigo todo aquele que pensa o contrário ou diferente. Não consideramos inimigo nenhum adversário que esteja à esquerda ou à direita, e que se abra a embates e discussões para redirecionar e melhorar projetos e políticas públicas.
As alianças, nem sempre com os mesmos partidos, muitas vezes objetivam uniões que pacificam problemas, viabilizam projetos entre Estados e municípios; destravam e facilitam andamento de projetos de importâncias regionais, que vão beneficiar comunidades, cidades inteiras, visando diminuir desigualdades. Independentes, muitas vezes, são os que apaziguam conflitos entre Estados e a Federação. Ser independente significa não sofrer imposição partidária. Cada um vota de acordo com suas convicções, seguindo princípios fundamentais do partido.
Além de deplorável, é próprio de inimigos da democracia e da governabilidade contestar essa independência, tentar desqualificar os adversários, impedindo que benefícios para a coletividade sejam alcançados, para assim – imaginam – vencê-los nas próximas eleições. Com fake news e distorções de informação.
Com humildade e muito trabalho, aprendemos muito nessa caminhada e nesse exercício complexo de buscar soluções para coalizões e uniões políticas. Assim, estamos decididos a apresentar, em todas as disputas eleitorais, candidatos próprios.
Alianças para 2022 são assunto para depois de março. Nossa intenção é mesmo sair com candidatos próprios, e temos pelo menos três boas alternativas: o Otto Alencar (BA), o Anastasia (MG) ou o Ratinho Jr.(PR). Como tenho deixado claro, essa discussão ainda não começou no partido. Tomo cuidado com esse assunto. Neste momento, estamos concentrados nas eleições municipais.
E por falar nisso, há muito trabalho e mais vitórias a conquistar ainda. Neste segundo turno, até o fim do ano, e primeiro semestre de 2021, tanto nas eleições como no Congresso Nacional.
Ao trabalho, pois! Sempre com muito cuidado com o coronavírus.