O presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), acredita que a pressão colocada sobre os profissionais de segurança nas cidades é a principal causa de desestabilização mental dentro das corporações. Ele lembra que “o policial civil ou militar não é uma máquina. Ele não é um equipamento que funciona se você apertar o botão. Ele é um ser humano que, com o passar do tempo dentro da polícia, vendo tantas dificuldades e tantas arbitrariedades que são cometidas contra a população mais carente, vai perdendo a sensibilidade”.
Na semana passada, o plenário do Senado aprovou por unanimidade projeto de lei que inclui ações para a promoção da saúde mental e prevenção ao suicídio no Programa Pró-Vida, voltado para profissionais de segurança pública. A matéria segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
Na discussão do projeto, senadores como Carlos Viana (PSD-MG) destacaram que a prevenção de problemas de saúde mental entre os profissionais de segurança pública só virá com a valorização cotidiana das carreiras. Eles ressaltaram pontos como remuneração, equipagem e infraestrutura de trabalho como áreas onde o país precisa melhorar.
Omar Aziz também observou que falhas na segurança das fronteiras contribuem para o problema, pois o tráfico de drogas que chega às cidades e sobrecarrega as polícias deveria ser contido nas entradas do país. Ele anunciou a intenção de convidar o novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para falar à Comissão de Segurança Pública do Senado sobre os planos da pasta para essa área.
Fonte: Agência Senado