O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu esta semana com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar solidariedade pela invasão ao prédio da corte. Pacheco se encontrou com a presidente do tribunal, ministra Rosa Weber, e com outros cinco ministros. Em entrevista ao Jornal da CNN, na sexta-feira (13), Pacheco destacou o fato de que a minuta de decreto para instaurar estado de defesa no TSE e mudar o resultado das eleições de 2022, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres esta semana, tem “grande relevância política”.
Por meio de nota oficial, o presidente do Senado disse que, em sua visita aos ministros do STF, manifestou solidariedade “em razão da invasão e dos ataques sofridos pelo Supremo, no último domingo, por uma minoria de extremistas. Ouvi relatos do planejamento da reparação dos danos ao edifício-sede, severamente vandalizado”, informou.
Pacheco não estava no Brasil no dia da invasão. A visita de quinta-feira (12) foi o seu primeiro encontro oficial com autoridades dos outros poderes depois do acontecimento. Além de Rosa Weber, os ministros que participaram do encontro foram Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
Na entrevista ao Jornal da CBN sobre minuta encontrada no armário do ex-ministro Anderson Torres e as invasões e depredações nas sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro, Pacheco comentou que, “se buscavam tomar de assalto a democracia brasileira, o que conseguiram no final das contas foi unir mais os poderes da República”.
Pacheco falou sobre o sentimento ao entrar na sede do Senado após as invasões de terroristas: ‘desolação, tristeza e frustração’ e destacou que o episódio ‘foi um atentado ao prédio, mas também ao poder e à nação brasileira’. Ele também afirmou que será apurada a responsabilização de todas as pessoas que participaram da invasão, incluindo quem esteve pessoalmente nos atos de vandalismo e aqueles que estimularam a violência.
O presidente do Senado ainda disse que não pode dizer qual foi o tamanho da influência do ex-presidente Jair Bolsonaro no episódio, mas afirmou que o mote foi a contestação do ex-presidente ao resultado do pleito de outubro. “O evento nos traz a lição de que não podemos subestimar a mínima notícia em relação a atos antidemocráticos e devemos reagir de formas muito contundentes a isso”, disse.