Em palestra realizada nesta segunda-feira (22) na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que ainda é cedo para falar sobre seu papel nas eleições presidenciais de 2022. Entretanto, deixou claro que o País precisa de uma “mudança tranquila” e de uma liderança capaz de fornecer “a respeitabilidade necessária” para unir os brasileiros em torno de um propósito comum. “Se for para ser protagonista de um projeto dessa natureza, coragem não me falta”, garantiu o senador.
O parlamentar tinha sido questionado pelo ex-deputado federal e presidente do diretório estadual do PSD em Goiás, Vilmar Rocha, se teria a coragem exigida pelo atual momento político para concorrer ao Palácio do Planalto. Pacheco concluiu sua resposta parafraseando o escritor Guimarães Rosa (1908-1967), também mineiro. “O que a vida nos exige é coragem e eu a tenho de sobra.”
O evento foi transmitido pelo canal da associação no YouTube. Entre as lideranças que participaram da palestra estavam o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab; o vice-presidente nacional do partido e presidente da Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp) Alfredo Cotait Neto; o secretário especial do Ministério da Economia Guilherme Afif Domingos; a secretária do PSD Mulher Nacional, Ivani Boscolo; o ex-senador Jorge Bornhausen; o ex-ministro Andrea Matarazzo; e o coordenador do PSD Movimentos, Ricardo Patah.
Kassab destacou a importância da atuação do presidente do Congresso Nacional no cenário político brasileiro. “Ele se consolidou como um dos grandes líderes e eu entendo que é uma das pessoas mais qualificadas para conduzir os destinos do País.”
Cotait elogiou a clareza com que Pacheco expõe suas ideias, que não se restringem às análises de problemas do passado e dos desafios atuais. “É a primeira vez que ouço alguém falar sobre o futuro. Nossos jovens estão precisando de líderes assim, de políticos que falem sobre isso.”
Balanço
Durante a palestra, intitulada O Brasil e a Conjuntura Econômica e Social, Pacheco fez um balanço dos temas mais relevantes debatidos no País nos últimos cinco anos. Entre os avanços que contaram com a colaboração dos parlamentares brasileiros, citou a aprovação do teto de gastos, as reformas trabalhista e da Previdência, o fim das coligações partidárias e a cláusula de desempenho eleitoral.
Outros exemplos de conquistas importantes mencionados pelo senador foram a nova lei de licitações, a atualização da lei de falências e o novo marco legal das startups. “Quando escuto algumas pessoas dizendo que o Congresso não tem compromisso com o País, digo que isso, definitivamente, não é verdade. Num passado recente do Brasil, houve grandes transformações. A economia só se mostrou resiliente na pandemia em função dessas mudanças estruturantes. É preciso reconhecer tudo o que foi feito.”
Pacheco reafirmou seu compromisso com a defesa da democracia, a luta pelos direitos das mulheres, o combate ao racismo, o equilíbrio fiscal, o respeito às instituições e a preservação ambiental. Ele também criticou a falta de projetos de desenvolvimento a longo prazo. “A falta de planejamento é muito ruim para o Brasil. Infelizmente, não temos Ministério do Planejamento. Precisamos de segurança jurídica para quem quer investir. Tenho compromisso com a segurança e a desburocratização.”