O senador Carlos Viana, do PSD de Minas Gerais, foi um dos representantes da Comissão de Meio Ambiente do Senado que visitaram na sexta-feira passada (24) a região da barragem da mina Gongo Soco, no município de Barão de Cocais (MG). A barragem de rejeitos, de responsabilidade da mineradora Vale, corre o risco de rompimento. Além de Barão de Cocais, outras duas cidades mineiras podem ser atingidas com os rejeitos: Santa Bárbara e São Gonçalo.
De acordo com o senador do PSD mineiro, a população já está avisada e alguns locais já foram evacuados, o que diminui o risco de mortes com um possível rompimento da barragem. Ele disse também que não há convicção sobre o rompimento do talude e apontou que há possibilidade de que a barragem seja preservada. Segundo o senador, a Vale já poderia ter atuado para evitar o rompimento do talude — o que também evitaria transtornos para várias famílias da região.
Para ele, “a população que estava na área de autossalvamento, na área de segurança, já foi avisada. Já foram evacuados. Ou seja, o risco de que alguém morra como nós tivemos naquele crime de Brumadinho é mínimo”.
O presidente da comissão, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), também visitou a região e lamentou a ocorrência de tragédias com barragens em Minas Gerais. Ele lembrou que acidentes do tipo já foram registrados no estado em 2003, 2007, 2015 e 2019.
No entendimento do senador, é necessário que todos sejam responsabilizados, não só na esfera civil, mas também na penal, não só por ações, mas também pela omissão, que ele atribuiu também ao Poder Público.
Contarato também questionou o serviço de monitoramento e deslocamento em tempo real. Para ele, houve falha porque as mortes não foram evitadas. Até agora, em Brumadinho, foram encontrados 241 corpos e 29 pessoas continuam desaparecidas. Além de soterrar centenas de pessoas, os rejeitos tóxicos destruíram o Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco.