Forte em BH, PSD quer ampliar sua presença em Minas

Com forte presença em Minas Gerais, o PSD pretende alçar voos ainda mais altos. A afirmação é do senador Carlos Viana, presidente estadual do partido, que, em entrevista ao jornal O Tempo, lembrou que a legenda já tem 234 pré-candidaturas a prefeito confirmadas no Estado, com vistas a aumentar esse número, uma vez que algumas cidades ainda estão fechando suas conversas. Hoje, o PSD está a frente de 61 Prefeituras, incluindo as de Belo Horizonte, Betim, Santa Luzia e Pedro Leopoldo, todas na RMBH.

Na capital mineira, o PSD é o principal partido, tendo entre seus representantes o prefeito Alexandre Kalil e 13 dos 41 vereadores da Câmara Municipal. Além da maior bancada no Legislativo de BH, o PSD também recebeu nos últimos anos dois dos três senadores mineiros: Carlos Viana e Antonio Anastasia, ex-governador do Estado.

Carlos Viana explicou ainda na entrevista que o partido cresceu muito no último ano e reativou ou estruturou novos diretórios em centenas de cidades. “Só para ter uma ideia, do ano passado para cá, eu já visitei 135 cidades. Eu já formei grupos em todas elas, trouxemos candidatos e formamos grupos e chapas”, explicou.

O PSD de Minas passou de 29.737 filiados em 2016, para 38.992 em 2020. Além disso, a legenda tem atualmente 594 partidários com mandato por Minas – de vereador a senador da República. Segundo o senador Carlos Viana, assim como na capital mineira, a mudança na legislação eleitoral quanto às coligações foi um dos motivadores do crescimento da sigla em outros municípios.

“Nós tivemos um crescimento muito grande nas cidades menores porque, com a questão de não ter mais a coligação, os partidos mais bem-estruturados chamaram a atenção, e nós tivemos um acesso muito grande por parte de novos grupos”, disse.

Mas o presidente acredita que também houve um esforço da direção estadual de expandir a presença da legenda no Estado, que tinha 320 comissões ativas há aproximadamente um ano e hoje está em 573 municípios mineiros. Ele também aponta um desgaste de partidos tradicionais como sendo uma das causas do crescimento do PSD.

“O que de fato está nos ajudando muito é que os partidos tradicionais estão muito desgastados, e o eleitor está muito indisposto com relação à política. A avaliação dos congressistas está baixa. E o PSD surge neste momento como um partido de centro muito equilibrado. Não temos uma tendência nem de esquerda, nem de direita. A nossa preocupação é a boa gestão pública”.

Veja aqui a íntegra da entrevista