Luisa Canziani assume coordenação da bancada feminina

Com apenas 27 anos, a nova coordenadora da bancada feminina da Câmara é a deputada Luisa Canziani, do PSD do Paraná. Parlamentar mais jovem a ocupar o cargo, a paranaense vai coordenar 91 parlamentares eleitas para a legislatura que se inicia no dia 1º de fevereiro. “Temos uma missão em comum: garantir um país mais justo e seguro para todas as mulheres”, postou Luisa nas redes sociais.

Para a deputada do PSD, o enfrentamento das altas taxas de violência contra a mulher ainda é um dos maiores desafios enfrentados pelas parlamentares. “Temos projetos importantes que conseguimos aprovar e transformar em leis, mas ainda será necessário garantir recursos e condições para sua implementação em todo o País”, diz ela.

Mais participação

A bancada feminina apresentou na segunda-feira (30) uma proposta de carta-compromisso aos candidatos à Presidência da Câmara dos Deputados, que tem como objetivo pautar programaticamente as candidaturas. O primeiro ponto destacado pelas deputadas é a maior participação feminina na política. “Quanto mais mulheres participam da vida política do País, mais os índices sociais e de bem-estar melhoram”, diz o texto.

De acordo com os registros da Câmara, somente em oito legislaturas as mulheres foram membros da Mesa Diretora. Em seguida, as deputadas citam o enfrentamento à violência contra a mulher e o trabalho da Câmara em favor de pautas que visam à garantia da saúde da mulher.

Na carta, a bancada feminina reivindica, dentre outros pontos:

  • inclusão da bancada feminina na composição do Colégio de Líderes do Congresso Nacional;
  • garantia de autonomia da Secretaria da Mulher, a exemplo do que ocorre com as comissões permanentes da Câmara;
  • garantia de participação da bancada feminina no rodízio das relatorias;
  • garantia de participação de mulheres nas mesas e presidências das comissões permanentes, especiais e temporárias (de no mínimo 30%), além do Colégio de Líderes; e
  • garantia de não serem pautados temas polêmicos em que não haja consenso na bancada feminina no sentido de que não haja retrocessos e supressão de direitos já garantidos às mulheres.