Belo Horizonte cria força tarefa para o Carnaval

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), quer fortalecer ainda mais o Carnaval na capital mineira, de modo a garantir a diversão dos moradores, atrair mais turistas e, desse modo, ampliar a geração de empregos e renda. Para isso, os diversos setores da Prefeitura uniram esforços com o objetivo de oferecer muitas atrações durante o período oficial da folia, entre 27 de janeiro e 18 de fevereiro.

Além da diversão dos blocos de rua, Escolas de Samba e blocos caricatos, serão oferecidas atividades culturais descentralizadas, em vários equipamentos públicos em toda a cidade. O investimento para a valorização e promoção do Carnaval em 2024 soma mais de R$ 800 mil, incluindo atividades culturais programadas e ações de fomento que ocorrem durante todo o ano por meio de projetos financiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

No ano passado, 5,25 milhões de foliões, dentre eles 226 mil turistas, ocuparam as ruas durante o período de 4 a 26 de fevereiro e foram movimentados R$ 720 milhões na economia de BH, gerando cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos.

Para 2024, a previsão é reunir 5,5 milhões de pessoas, sendo 250 mil turistas.

Segundo Eliane Parreiras, secretária municipal de Cultura, foi montada uma força-tarefa para apresentar a programação descentralizada do Carnaval de Belo Horizonte. “Em resposta ao pedido do prefeito Fuad Noman, vamos promover uma grande mobilização para levar as festividades a todas as regiões da cidade. A meta é ampliar as atividades em todas as regionais, fortalecendo os talentos locais e estreitando os laços com os territórios. A partir dos nossos equipamentos culturais e projetos como o Circuito Municipal de Cultura, estamos trabalhando uma experiência única para todos os belo-horizontinos. Esse é o momento de culminância da política pública realizada ao longo de todo o ano”, destaca.

Oficinas de adereços e percussão, exposições, apresentações artísticas, bailes para crianças e adultos, Carnavalzinho e exibição de filmes estão entre as mais de 40 atividades disponíveis nos equipamentos culturais públicos municipais, como os Centros Culturais, os Museus, o Cinema, a Biblioteca Pública Infantil e Juvenil, entre outros. A programação também visa valorizar os artistas locais durante todo o ano, com o apoio para ensaios de Blocos de rua e Escolas de Samba, a partir da cessão de espaços públicos geridos pela Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, e reitera a importância do Carnaval como patrimônio cultural de Belo Horizonte.

Com ações lúdicas, formativas, apresentações artísticas e atividades que resgatam a memória do Carnaval na cidade, a programação promete uma celebração única e inesquecível para todos os participantes. Todas as atrações são gratuitas, e as informações detalhadas estão disponíveis no Portal Belo Horizonte.

História

A primeira folia em Belo Horizonte aconteceu antes mesmo da inauguração da cidade, em janeiro de 1897, quando os operários que construíam a nova capital se organizaram em um desfile de carros e carroças, da Praça da Liberdade até a Afonso Pena. Esse movimento espontâneo foi o pontapé inicial para o surgimento dos blocos caricatos, destaques do carnaval nos primeiros anos de BH e até hoje parte da programação.

Na primeira metade do século passado, a região da Lagoinha, no Centro, era o foco do principal movimento carnavalesco. Foi lá que surgiu, em 1947, o primeiro bloco de rua da cidade, o Leão da Lagoinha, ativo até hoje. Ali, bem perto, aconteceu também o primeiro desfile de escola de samba, da Agremiação Pedreira Unida, formada por moradores da Pedreira Prado Lopes. Mas foi a partir de 1975 que o belo-horizontino começou a entender o que é multidão. O evento mais marcante do pré-carnaval da cidade é a Banda Mole, festa que acontece na Av. Afonso Pena, com muita criatividade e tolerância, reunindo trios elétricos e milhares de foliões.

Desde a década de 1980, os desfiles das escolas de samba e dos blocos caricatos estão no calendário oficial. A cada ano, eles competem pela atenção dos jurados e do público em apresentações na avenida Afonso Pena, que durante o evento se transforma em uma grande passarela. Durante o carnaval, a Corte Momesca é quem comanda a festa e a cidade. Eleitos todos os anos por meio de concurso realizado pela Belotur, os representantes recebem das mãos do prefeito a chave simbólica da capital.